Adriano começou no Flamengo como uma grande promessa e logo correspondeu às expectativas criadas sobre ele. Em seus primeiros anos no time carioca, o jogador conquistou os campeonatos estaduais de 2000 e 2001. Ainda aos 18 anos de idade, o atacante de forma física impecável já era convocado para a seleção brasileira e dava início à uma carreira que parecia ser de grande sucesso.
Não deu outra. Ainda em 2001, Adriano foi vendido à Internazionale de Milão, um dos maiores clubes europeus. Depois de ser emprestado à Fiorentina e ao Parma, voltou à Inter em 2004, onde se firmaria como um dos melhores atacantes do mundo. No clube milanês, ganhou o status de L'Imperatore, O Imperador em português.
Adriano vivia o auge de sua carreira. Logo após ser campeão da Copa América com a Seleção, sendo eleito o melhor jogador da competição, o atacante sofre, talvez, o maior baque da sua vida e o que pode ter mudado de vez o caminho da sua carreira. O pai do jogador, Almir Leite Ribeiro, foi encontrado morto em seu apartamento, vítima de um infarto fulminante aos 45 anos, dias após a conquista.
Em uma entrevista concedida no ano passado ao canal Fox Sports, Adriano se emocionou ao lembrar do seu pai.
"Antes do meu pai morrer, ele falou pra mim: 'Adriano, seja sempre você mesmo'. E eu sou o que eu sou por causa do meu pai. Fico muito emocionado [neste momento, o atacante chora]... por não ter mais meu pai por perto"
Para o jornal italiano "La Gazzetta Dello Sport", a mãe de Adriano, Rosilda Ribeiro, afirmou que o Imperador pensou em cometer suicídio.
"Um dia, quando ele ainda estava na Itália (na Inter), ele me ligou e disse que não queria continuar, que ele queria parar de jogar futebol. Ele confessou que estava pensando em cometer suicídio, e eu disse para ele reagir com o coração, porque nada é mais importante que a felicidade e, se para obter isso, ele tivesse que parar de jogar futebol, não teria problemas", disse Rosilda.
Para algumas pessoas próximas ao jogador, Adriano nunca mais foi o mesmo depois de agosto de 2004. O Imperador caiu na noite de Milão, ganhou muito peso e assim começou a decadência de sua carreira. Foi liberado algumas vezes para voltar ao Brasil para esfriar a cabeça, porém era constantemente flagrado com bebidas alcóolicas, rodeado de mulheres e em festas na Vila Cruzeiro, comunidade onde nasceu e foi criado.
Em 2009, Adriano chegou a renovar as esperanças dos torcedores brasileiros ao levar o Flamengo ao hexacampeonato brasileiro, em uma campanha incrível. O jogador voltou à Itália para jogar na Roma. Mas voltou a se envolver em polêmicas, cada vez mais fortes, como doar R$ 60 mil e comprar uma motocicleta para o traficante Fabiano Atanásio da Silva, o FB, e a recusa de fazer o teste do bafômetro no Rio de Janeiro.
O Corinthians ainda tentou reerguer o atacante, mas não foi possível. Adriano rompeu o tendão de Aquiles, passou por cirurgia e disputou apenas 8 jogos no Timão. Agora, sem atuar há um ano e meio, o Imperador negou ajuda do Botafogo e está prestes a anunciar a sua aposentadoria.
Veja a linha do tempo dos fatos que levaram à derrocada de Adriano:
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