Revelado nas divisões de base do Flamengo, Sávio começou sua carreira profissional em 1992, quando tinha apenas 18 anos de idade. O jovem e habilidoso atacante, com seus dribles pela ponta esquerda, logo encantou aos torcedores e à mídia esportiva, que passaram a elegê-lo como o futuro novo Zico. Durante o pré-olímpico para as Olimpíadas de 1996, Sávio foi destaque na Seleção Brasileira Sub-23, deixando inclusive Ronaldo Fenômeno no banco de reservas.
Em 1995, ano do centenário do Flamengo, formou o ataque dos sonhos ao lado de Romário e Edmundo. No entanto, a vaidade impediu que ocorresse o devido entrosamento entre as estrelas do Flamengo e, com isso, o suposto ataque dos sonhos acabou virando um pesadelo. Logo de cara, com a chegada do Baixinho à Gávea, Sávio viu-se envolvido em uma situação constrangedora ao ter que ceder, contrariado, sua camisa 11 a Romário.
Entretanto, apesar da evidente preferência por parte da diretoria, Romário não parecia contente em ter que dividir seu brilho com o companheiro. Por vezes, o Baixinho procurou ofuscar Sávio em campo, chegando inclusive ao cúmulo de intimidá-lo fisicamente durante uma partida. Então, em 1997, a diretoria rubro-negra optou por dar a vitória decisiva à Romário, vendendo Sávio para o Real Madrid, onde Sávio jogou de 1998 a 2002 e participou das conquistas de muitos títulos, incluindo um Campeonato Espanhol, três títulos da Liga dos Campeões da UEFA e um Mundial Interclubes, sobre o Vasco. Dispensado do Real em 2002, Sávio defendeu o Bordeaux na temporada 2002/2003. Tornou a ter boas atuações, mas não conseguiu ganhar títulos.
Em 2003, voltou ao futebol espanhol, vestindo a camisa do Zaragoza, onde recuperou sua melhor forma física e ganhou a simpatia da torcida, por causa de seus ótimos ataques pela ponta esquerda. Ovacionado e, posteriormente, colocado no hall dos ídolos do clube, Sávio transmitiu a seus companheiros de Zaragoza o espírito brasileiro de sempre acreditar na vitória, o que rendeu títulos muito especiais àquele clube.
Em 2006, o craque voltou ao Flamengo, clube que o revelou e que Sávio admite ser seu clube de coração. Nesta nova passagem, no entanto, o atacante não repetiu o sucesso. Disputou apenas 10 partidas e não marcou nenhum gol, e logo se transferiu novamente para a Espanha. Foi reforçar o elenco do Real Sociedad, que acabou rebaixado para a segunda divisão espanhola. Com isso, em julho de 2007, Sávio teve de acertar sua transferência para o Levante, a fim de continuar disputando a primeira divisão da Espanha.
No ano de 2008, dispensado pelo Levante, Sávio se engajou em um projeto que daria projeção ao futebol do estado do Espírito Santo, atuando pela Desportiva Capixaba, clube onde começou a jogar futebol, Sávio marcou 6 gols no campeonato estadual. Ao fim do Capixabão, o atleta foi convidado pelo clube cipriota Anorthosis a assinar um contrato de um ano com o propósito de disputar a Liga dos Campeões e acabou surpreendendo ao firmar um compromisso de cifras bastante generosas.
Teve atuação destacada com o time cipriota, que foi aliás, o primeiro clube do país a disputar a Liga dos Campeões, e com honras. Entretanto, terminou o contrato em 31 de maio de 2009 e não o renovou.
Em 2010, depois de um semestre afastado dos gramados, Sávio que chegou até a ser cotado como reforço do Fla para aquela temporada, acabou assinando contrato com o Avaí, clube catarinense que vivia um ótimo momento na sua história, no entanto, as lesões que perseguiam o Anjo Loiro acabaram frustrando o seu retorno a elite do futebol brasileiro. Sem conseguir ser brilhante, Sávio se desligou do clube catarinense ainda antes do fim do Campeonato Brasileiro 2010, e no ano seguinte, pendurou timidamente as chuteiras.
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