Com apenas 20 anos, Domingos da Guia deixou o Rio de Janeiro para jogar no Nacional de Montevidéu, do Uruguai. Era um grande desafio para o garoto carioca, que iniciou a carreira no Bangu e havia passado rapidamente pelo Vasco. Apesar da pouca idade, Domingos da Guia encantou os uruguaios. Foi campeão local em 1933 e ganhou o apelido de "El Divino Mestre".
Voltou ao Brasil para se consagrar como o melhor zagueiro da história do futebol brasileiro, sempre incluído na seleção brasileira de todos os tempos. Era um jogador clássico, extremamente técnico, que gostava de sair jogando com a bola nos pés e se recusava a dar chutões. Ele é pai de Ademir da Guia, ídolo do Palmeiras nas décadas de 60 e 70.
Domingos da Guia estreou no futebol, ainda em sua fase amadora, pelo Bangu em 4 de abril de 1929, na vitória de 4 x 2 sobre o Fluminense, pelo Campeonato Carioca. Jogou no Bangu até 1932 e depois peregrinou por Vasco, Nacional (URU) e Boca Juniors (Argentina).
Ganhou fama e prestígio internacional, vencendo um campeonato no Uruguai e outro na Argentina. Faltava ainda se consagrar como ídolo do futebol brasileiro, o que aconteceria de 1936 a 1943, quando defendeu o Flamengo com brilhantismo, ao lado de craques como Leônidas da Silva e Zizinho. Na Gávea, ganhou os Campeonatos Cariocas de 1939, 1942 e 1943, antes de transferir-se para o Corinthians, no começo de 1944.
Domingos da Guia fez 30 jogos pela seleção brasileira entre 1931 e 1946. Disputou a Copa do Mundo de 1938, na França, quando o Brasil fez uma boa campanha, terminando em terceiro lugar. O ex-zagueiro morreu aos 87 anos na tarde em 18 de maio de 2000, no Rio de Janeiro, vítima de um acidente vascular cerebral.
Nenhum comentário:
Postar um comentário